quarta-feira, 6 de agosto de 2008


Resumo a publicar futuramente no DA

Paredes 2008. O que relatar?


Muita parra pouca uva. Infelizmente as apostas para o cartaz de 2008, não tiveram daqueles concertos memoráveis, que Coura já nos habituou em edições anteriores. Numa edição bastante arriscada a nível de localização temporal (antecipação em 15 dias), destacam-se alguns suspeitos do costume e uns novatos. De seguida, mais em pormenor todos os pontos mais significantes das margens do rio Coura.


Melhores Concertos (Palco Principal)


Wraygunn – Agarraram a oportunidade de encerrar o 3º dia do festival, devido ao backline dos The Mars Volta. Eram portugueses e mostraram o porquê de muito do público falar deles ao longo do dia. "Vamos ver Wraygunn? - São Portugueses!". O que é nacional é bom e Paulo Furtado com o seu protagonismo, conseguiu cativar a colina courense. Irrepreensível na entrega e qualidade. "How Long?", "Drunk or Stoned" e "She's a go go dancer", foram o misto do rock blues que os caracterizam de há uns anos para cá.


Primal Scream – Bobby Gillespie foi a personalização do diabo que trouxe o rock n' roll a Coura. Não desiludiram, como já o demonstraram nas anteriores vindas ao território nacional. Começaram com o novo single "Can't go Back" e acabam com a "Rocks". Sem encore, puro e duro, pecam só pela falta dos tais elementos mais electrónicos que tanto os evidenciaram. É o rock e fizeram lembrar os velhinhos Stones, mas de Manchester.


dEUS – Barman nunca desilude. Quase impossível. O concerto viveu dos êxitos, pois foi a forma dos belgas espicaçarem o frio que desce à noite em Coura. "Instant Street" foi logo a segunda música. A épica "Suds and Soda" num coro sagrado, mostrou a legião de fãs que segue Barman, tornando o encore mais sentido e com o regresso marcado para Outubro.


Melhores Concertos (Palco Secundário)


The Mae Shi – Tiravam o lugar a muita das bandas que passaram pelo palco principal. A banda de Los Angeles bebe de tudo. Com um inicio acústico gospel no meio do público, em "Leech & Locust", partiram rapidamente para uma série de ambiências pop-rock-caóticas, sempre com apontamentos electrónicos que remetem para os videojogos de arcade (sintetizador Buchla). "Lamb & Lion" mostrou a comunhão de coros e para o caos, "Boys in The Attic", mostrou ter essa tal força. Momentos altos com o hit "Run to your Grave" e a antiguinha "Vampire Beats", a mostrar o dance chaos que a noite precisava.


Caribou – Alguém notou que o som estava mau? Sim, mas mesmo assim os canadianos, não sentiram quaisquer problemas em entregar a uma enchente de foliões um alinhamento irrepreensível. "Melody Day" numa versão extendida, mostrou o porquê do reconhecimento da critica aos meninos. Não faziam sentido no After Hours, já que a música deles "After Hours" foi das tais que mostram a qualidade da banda no festival de Coura.


Actuações Positivas 


Bunnyranch, Bellrays, Mando Diao Au Revoir Simone, Editors e Thievery Corporation, 


Actuações Chatinhas


Sex Pistols (Rotten tem de repensar a sua atitude punk), Teenagers (tirando a menina das teclas), The Rakes (sem chama) e The Sounds (tirando as pernas de Maja)


Actuação Desilusão


The Mars Volta. Demasiado virtuosismo, muita vontade de "jammar", atitudes de prima donna de Cedric Bixler.


5 músicas do Festival

"Anarchy in The Uk", Sex Pistols; "Suds and Soda", dEUS; "Drunk or Stoned", Wraygunn; "Love will Tear us Apart", Tributo a Joy Division ou Joy Division e "Rocks", Primal Scream.


Melhor After Hours


Surkin, que acabou demasiado cedo e Twin Turbo que acabou super tarde, mas mostrou o que é uma festa.


Sem Sentido


The Lemonheads, Biffy Clyro e o Tributo a Joy Division (bandas de tributo, meu deus)


Momento mais valia estar calado/a


Johnny Rotten a pedir aos fãs para não subirem ao palco; a Erika das Au Revoir Simone que no intervalo da 1ª para a 2ª música já dizia que era o melhor concerto de sempre.


Momento mais indecente


Os apalpões da fila da frente a Maja, quando esta foi para as grades; a quantidade de penetras na zona vip, na última noite do festival


Mais Mais 


A quantidade de míudos que vão pela primeira vez ao festival mais verde do país. A perfeita combinação do jazz na relva, praia fluvial com o resto das outras actividades de lazer que o festival proporciona. A quantidade de espanhóis e espanholas (¿hola por favor como estas usted?)A variedade da alimentação. O After-Hours da rampa com techno chunga. As tribos. Os Punks.


Menos Menos


Seguranças com pouco zelo nas entradas e demasiado mal educados. Começa a ser um padrão. A qualidade de som de variadissimos concertos (Caribou, Lemonheads, só para falar de alguns). Problemas nos chuveiros e WC's (demasiado nojento para o sexo feminino). Um Multibanco encontrado e a funcionar só a partir do 2º dia. A porrada no 1º dia do after hours por um cigarro. As tshirts de Sex Pistols.


A ter em conta nos próximos Meses


Os calções curtos com botinha à cavaleira.


Frase do Festival


"Melhor que socos nos tomates"