
De Braga chegam-nos os Long Way to Alaska, e o que chega é muito prometedor. Nem é preciso atender à tenra idade dos que militam nas fileiras deste conjunto minhoto para percebe-lo. É tão só suficiente dedicar alguns minutos ao EP que marcará a estreia dos LWTA para perceber o talento em quanto jovem de quem escreve canções pop por vocação, ainda que por vias travessas. O caminho não foi sempre esse mas por linhas tortas escreveu-se pop e agora o destino é o Alasca, de Sarah Palin e do património selvagem mundial. Nesta fase embrionária, para que não ficasse nada ao acaso, convidamos os Long Way to Alaska a saírem de casa, em direcção à luz, e nesta entrevista é também possível ver os resultados dessa sessão fotográfica “encomendada”. Joana Castelo acompanhou os bracarenses numa expedição até ao Alasca e de lá voltou com retratos de um futuro próximo para a música portuguesa. Gil Oliveira, ao Bodyspace, não quis traçar planos nem fazer futurologia, mas não negou em nada os propósitos desta expedição que abraça a folk e a pop. No EP de estreia, os Long Way to Alaska parecem querer desafiar Leonard Cohen e a sua pedra de toque Songs of Love and Hate: aqui, por enquanto, é só amor.
Foto por Joana Castelo