François Virot, ou a parte choninhas de muito de nós

Há sempre aquela fase do mês, em que nos apetece rockar como o caralho (descoberta dos Earthless e redescoberta dos italianos ZU) e tamos cheios de vontade de ter o cabelo comprido, beber cerveja como um animal e abanar o esqueleto (como diz o cromo do Silverio). Só que há sempre o oposto. Ando numa de Bob Dylan e François Virot, mas neste caso, vou falar do François. Teve cá a 25 de Abril de 2008, rouco e deu um concerto no Maus Hábitos de uma entrega fantástica. Pediu desculpa pela fraca voz, mesmo assim, deu nas suas possibilidades, uma amostra do talento que tem. Presente por exemplo, no conceito da blogotheque, a sua voz aguda e com um tom esquisito (para mim, pois não sei especificar melhor a coisa) oferece uma candura e ternura super reconfortantes nas suas melodias. Agradáveis ao ouvido, Yes or No o disco de 2008, oferece dez canções fofas, bonitas e super, mas super orelhudas. Pop alegre, da voz dum rapazinho, viola, coros a acompanhar e ritmos suaves. Podia ser a banda sonora dum filme indie choninhas, ou simplesmente a banda sonora daquela parte do mês. Em baixo, podem ouvir, desnorteado, cantar a Dummies.